O Agilista é o profissional que leva a transformação para dentro das empresas e é ele quem escolhe entre usar Scrum e Kanban, podendo ser um Scrum Master, um Agile Coach, Product Owner, um desenvolvedor ou até mesmo um gestor de empresas que esteja interessado em transformação, mas que não necessariamente tenha um cargo chamado “Agilista” ou com um dos papéis do Scrum.
O Agilista precisa ter uma visão mais abrangente quando se trata de escolher qual método/framework irá escolher e utilizar para agilizar os processos dentro das empresas e organizações. Precisa ser a mesma perspectiva do gestor: ter resultados!
Para saber qual modelo seria a melhor escolha para determinado sistema, é necessário olhar o modelo de trabalho das pessoas em determinado local, naquele determinado subsistema onde será aplicado o Scrum ou Kanban.
Apesar da experiência ser característica importante para o Agilista, uma pergunta que pode facilitar a decisão e escolha pelo modelo mais indicado para determinada situação e realidade é a seguinte: “Caso o Scrum/Kanban seja aplicado aqui, o custo operacional vai aumentar?”. Uma das forma de saber se haverá aumento no custo operacional é observar a curva de aprendizagem do time, pois com o Scrum, por exemplo, pode ocorrer de ser um processo um pouco mais longo e demorado até que comece a dar resultados, e isso causa aumento no custo pois a produtividade do time diminui.
Outro ponto a se considerar para escolher entre Scrum e Kanban é se a equipe que faz parte do processo operacional possui metas ou cotas para cumprir. Se sim, o Agilista deve desconsiderar o Scrum, pois implementando formas de trabalho diferentes, não é viável e nem possível impor conquista de metas. Essas são as duas variáveis principais de que vai ter aumento de custo operacional, o que pode ou não inviabilizar a implementação, independente do modelo escolhido.
A experiência será fundamental para que o Agilista saiba diferenciar quando a transformação aplicada em uma empresa poderá ser mais lenta; quando a equipe se mostra mais engajada e aberta às mudanças ou não; quando os processos estão ocorrendo de uma forma melhor e mais eficaz ou não. Tudo isso só é possível tendo uma jornada de erros e acertos, testes e mais testes de aplicação de diferentes métodos em diferentes equipes. Mas é sempre fundamental para o profissional colocar o conhecimento em prática e mensurar os resultados.