Um projeto de transformação é um caminho com começo, meio e fim, previamente planejado, para produzir algo único. Qualquer projeto precisa ter um objetivo e entregar/atingir esse propósito. Já a transformação, é uma mudança de estado: ela sai da base, do alicerce, e evolui para um modo superior. Não é possível regressar e voltar novamente à base, pois aquele nível já foi superado.
Para propor um projeto de transformação e liderar a reforma da empresa onde se atua, é preciso que o Agilista se atente à três princípios básicos:
- 1- Métricas: as métricas servem para medir e consequentemente melhorar o processo e o desempenho organizacional, afinal, sem elas não existiriam motivos para o projeto ser realizado. Elas servem para criar hipóteses que ajudam o Agilista a chegar ao produto concluído. Para verificar se a execução das mudanças estão sendo, de fato, efetivas, as hipóteses levantadas no começo do projeto precisam estar autenticadas no final do projeto. Os frutos colhidos têm de ser uma organização flexível, agilizada e adaptativa.
São exemplos de métricas: progredir o time to market, ou seja, reduzir o tempo de desenvolvimento do produto, fazendo com que a equipe se integre mais; e diminuir a quantidade de defeitos pós produção etc…
- 2- Data de validade: o gestor de transformação precisa estabelecer um limite de tempo para a conclusão do projeto. Pode ser que sejam dois, três ou mais anos, mas é essencial que a transição de níveis de organização da empresa tenha um fim, pois é preciso valorizar os esforços da equipe e o valor financeiro investido nesse projeto. Trate esse projeto como um projeto real, quer dizer, proponha uma data de vencimento, pois todas as transformações precisam acabar antes das próximas começarem.
- 3- Projeto não é a mesma coisa que implantação do Scrum: um projeto de transformação é mais próximo da transformação digital — por isso, é necessário rever os cinco domínios da transformação digital. O Scrum é sim uma das ferramentas utilizadas durante o processo de mudanças, porém não é a única e não é insubstituível. O Agilista que só conhece o Scrum não está totalmente apto para realizar uma renovação de qualidade.
É por isso que o Agilista tem cinco áreas de conhecimento que carecem de serem conhecidas: a agilidade de negócios; gestão ágil de produtos e projetos; coaching profissional; liderança, ensino e facilitação; autoconhecimento. O autoconhecimento é o grande diferencial de um profissional — é ele que te faz “confiar no seu taco” e criar a devida resiliência dentro do trabalho.